Está circulando matérias na imprensa sob o título que o governo recuou e decidiu não tributar encomendas importadas de US$ 50 de pessoa física para pessoa física, mas poucas das mídias que anunciaram a notícia deram ênfase na fala do ministro da fazenda Fernando Haddad, o qual reafirma, veja bem, ele reafirma que o governo continuará buscando formas de aumentar a fiscalização alfandegária.
O aumento da fiscalização alfandegária na prática, não muda absolutamente nada em relação às notícias que surgiram na última semana, pois a vantagem da importação em meio a um tributo de 60% se dá por conta da falta de fiscalização, a qual automatiza o processo de importação e acaba tributando a encomenda em 60% sobre o valor declarado e não sobre o valor real, logo um aparelho celular que custe R$ 2.000 quando declarado o equivalente a R$ 500, recebe tributo de R$ 300 ao invés dos R$ 1.200 que deveriam.
As encomendas que antes eram tributadas por amostragem, desde o final de 2017 estavam sendo tributadas de forma automática durante o processo de triagem. A encomenda ao passar na esteira alfandegária, tinha o formulário CN22 (aquela etiqueta com todas informações que descrevem a encomenda, peso, valor, destinatário e remetente) lido, conteúdo escaneado em busca de produtos ilícitos ou controlados e em seguida era liberada ou tributada com base no valor declarado.
A fala do ministro Fernando Haddad foi publicada no site G1.