Estatísticas de market share do StatCounter revela que a Xiaomi detém 6.41% do mercado brasileiro, estando acima de marcas como LG (6.3%) e Asus (2.38%). Os dados revelam que a Xiaomi se tornou a quarta maior marca de smartphones no Brasil, ficando atrás da Apple (12.1%), Motorola (23.53%) e Samsung (45.84%).
A marca chinesa desembarcou pela primeira vez no nosso país em 2016 quando trouxe dois modelos intermediários. A época, o Brasil estava passando por uma recessão econômica que coincidiu com o fim da Lei do Bem, que subsidiava impostos para eletrônicos, isso ao lado da saída do Hugo Barra, brasileiro que era vice presidente da Xiaomi, culminou com a saída da marca um ano após o desembarque.
Desde então a Xiaomi caiu no gosto popular e vem crescendo através do mercado informal, mesmo que a marca atue de forma oficial no país através da fabricante de tablets DL. O mercado informal consegue oferecer um produto da Xiaomi por até 3x menos que a DL, não que no mercado informal o preço esteja tão barato, é que a DL vende um produto cobrando até 300% a mais do que o mercado informal. Leia mais sobre isso no artigo: Compensa comprar um celular da Xiaomi no Brasil?
Consequências do crescimento informal da Xiaomi
A importação de celulares chineses no Brasil vem sendo registrado e observado por outras marcas desde 2016. Em 2017 o diretor de marketing da Asus, Marcel Campos, em entrevista ao canal do YouTube Be!Tech, que chegou a dizer que quando as marcas chinesas atingisse 1% do marketshare, iria cobrar medidas do governo.
- 27/11/2018 – ANATEL passa a exigir homologação de celulares importados
- 08/02/2019 – Receita Federal apreende cerca de 450 mil reais em produtos da Xiaomi e outros
- 02/12/2019 – 30 mil produtos da Xiaomi são apreendidos em SP por sonegação de imposto
- 20/07/2019 – Receita Federal apreende R$ 150 mil em eletrônicos após ostentação em redes sociais
- 03/12/2019 – Rivais da Xiaomi no Brasil fizeram dossiê sobre celulares importados sem pagar imposto
Embora as notícias retratem ações legais pelos órgãos do governo, mostra claramente que há lobby das marcas que vendem legalmente no país para combater o mercado paralelo de celulares da Xiaomi.
Fonte: StatCounter